A Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC-SC), realizou uma megaoperação, ontem, quinta-feira (16), para desmantelar organizações criminosas que atuam no Estado. Foram expedidos 106 mandados contra pessoas suspeitas de integrarem as facções.
A operação 72 aconteceu ontem nas cidades de Joinville, Tubarão, Capivari de Baixo, Itapoá, Balneário Barra do Sul, Florianópolis, Bombinhas e Tijucas. Dos mandados, 72 são de prisão – 36 foram cumpridos em unidades prisionais de Santa Catarina, a polícia não especificou os locais; e mais 34 de busca e apreensão.
Até a manhã de quinta-feira, 14 pessoas haviam sido presas: oito em Joinville, cinco em Tubarão e um suspeito em Tijucas. Três pessoas também foram detidas em flagrante, além das ordens judiciais, por tráfico de drogas.
As investigações começaram em outubro do ano passado, depois de informações repassadas à polícia pelo setor de inteligência do Tribunal de Justiça e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) de possíveis eventos criminosos que seriam realizados pelas facções durante o período eleitoral as eleições.
Com as informações, o inquérito policial foi instaurado para apurar os crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo dos suspeitos envolvidos com as duas maiores organizações criminosas que atuam em SC. A polícia ainda busca definir a conduta de cada investigado dentro dos grupos criminosos.
— Durante esses meses de investigação, coletamos muito elementos de prova que demonstram a participação destes investigados nas organizações criminosas – esclarece o delegado Antonio Claudio Jôca, responsável pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Deic.
A polícia apurou a ação de dois grupos criminosos que atuam de forma distinta, mas do grupo que é sediado no Estado todos os envolvidos tem relação entre si. As investigações também apontaram que, além de integrar a facção, as pessoas ainda podem ter ligação com dois assassinatos registrados em Joinville nos últimos meses e um em Tubarão, no Sul do Estado.
— Ao final das investigações iremos solicitar o compartilhamento de provas para as delegacias de homicídios, tanto de Joinville quanto de Tubarão, para que também se apurem a prática destes crimes – menciona Jôca.
Fonte: Diário Catarinense