Começou hoje em Florianópolis o seminário “A Investigação Criminal na Era da Informação”, promovido pela ADEPOL-SC para seus associados, com apoio da Delegacia Geral de Polícia Civil. Com palestrantes renomados, o evento tem como finalidade apresentar aos convidados os modernos recursos, instrumentos e meios de investigação criminal empregados na presente era da informação. O seminário ocorre na ACADEPOL-SC hoje e amanhã.
Na cerimônia de abertura, marcaram presença as seguintes autoridades: Paulo Norberto Koerich, Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, representando o Governador do Estado, o Delegado Rodrigo Bortolini, presidente da ADEPOL-SC, o Deputado Estadual Maurício Eskudlark, representando a ALESC, o desembargador Sidney Dallabrida, representando o Tribunal de Justiça de SC, o promotor Jadel da Silva Júnior, representando o Ministério Público, o conselheiro estadual da OAB, Alexandre Neuber, representando a Ordem dos Advogados, e diversos diretores da Polícia Civil.
A palestrante Danielle Garcia Alves, Delegada de Polícia Civil de Sergipe, deu início às palestras dessa terça-feira com casos de sucesso da PCSE no combate à corrupção, com detalhes das primeiras investigações realizadas no Estado. Atualmente ela está lotada na Diretoria de Ensino e Estatística da Senasp/MJSP – DEE.
Na parte da tarde, o palestrante Jhon Endy Lamb, Delegado de Polícia de Santa Catarina, titular da Delegacia de Polícia de Fraiburgo, trouxe como tema o índice de resolução de homicídios pela PCSC e as vantagens da especialização na investigação criminal. Ele apresentou dados dos homicídios no Brasil e em Santa Catarina nos últimos anos e apontou que não há índices de resolubilidade de homicídios no País, visto que um homicídio só pode ser considerado esclarecido quando acarreta em uma ação penal propriamente dita.
Porém, em Santa Catarina, no período de 2015 a 2017, a PCSC elucidou 65,7% dos casos, indo contra os dados nacionais, abaixo de 10%. Em Florianópolis, o índice de elucidação foi de 70% no mesmo período. Um índice muito bom, equiparado a alguns países europeus. “Isso se deve à existência de uma Delegacia especializada em Homicídios na Capital”, explica o delegado.
Em seguida, Christian Robert Wurster, Delegado da Polícia Federal, chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros em Curitiba/PR, onde tramita a investigação da Lava Jato no PR, trouxe um breve panorama da Lava Jato e o mercado de câmbio.
Emerson Wendt, Delegado de Polícia do Rio Grande do Sul, ex-chefe de Polícia do RS e diretor do Departamento de Inteligência de Segurança Pública da SSP/RS encerrou o dia com o tema: O uso da atividade de inteligência na investigação criminal.